quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Adubo quimico x adubos orgânicos, qual o melhor para os quintais

Caro leitor, quero compartilhar um pouco da minha experiência sobre adubos. Certamente o equilíbrio da terra não depende só do adubo, pois para o correto crescimento da planta, é preciso a neutralização do alumínio do solo e a correção do PH conforme o tipo de planta. 
Para ajustar estes fatores, faz-se necessário a realização da calagem (aplicação de calcário para elevar os teores de cálcio e magnésio), do contrário mesmo com adubação e irrigação correta, sua plantação não terá o crescimento esperado. Uma vez realizada a calagem, agora sim faremos a adubação e irrigação.
Um outro ponto que ajuda muito na recuperação do solo, é a adubação  verde, prática de adicionar leguminosas (ex.: feijão-de-corda -Vigna unguiculata-, mucuna preta, feijão-de-porco, feijão-guandu) na superfície do solo com intenção de enriquecê-lo nutricionalmente. Esta matéria orgânica ira ajudar muito na manutenção da umidade do solo. 
Quando se fala de recuperação de solo, a natureza é sábia, e dela devemos retirar grandes experiências. Quando um solo é pobre, nasce plantas com potencial para aquele solo, que lentamente morrem e vão adubando a terra proporcionando condições para outras culturas no futuro. É mais fácil não remar contra maré, e plantar uma cultura que se adapta a situação atual do solo/clima, do contrário criar este ambiente artificialmente fica extremamente caro e trabalhoso. Certa vez tentei colocar um grama em um determinado solo e o sucesso foi ZERO, pois se não tivesse muito trato, logo a grama sentia e morria, resultado, deixei o mato crescer e comecei a roçá-lo como grama. Tinha gente que pensava que era grama e o trato passou a ser muito pouco, afinal aquela cultura já estava adaptada ao meio, diminuindo muito o volume e adubação e irrigação, além do mais aos poucos foi deixando o solo com boa matéria orgânica.
Quando faço por aqui a adubação química, as plantas crescem rápido, porém as pagas também chegam a "jato", assim não acho ideal usá-lo, o problema é que nem sempre temos a sabedoria e paciência da natureza, ai já viu né? O adubo orgânico é mais equilibrado, tudo é mais devagar, porém mais consistente.
Se vc não jogar as folhas fora e usar o húmus, visto que o esterco de vaca dá muito carrapato nos cães (com o carrapato vem doenças sérias, como a babesia), o solo de seu quintal vai ficar rico e se plantar, tudo dá. Mas para chegar neste ponto, não pense que isso irá ocorrer da noite para o dia, vais ter que exercitar sua paciência.
Outro ponto de grande importância, é que com a adubação química, as plantas medicinais nem sempre conseguem atingir o nível ideal de substâncias que proporcionam a cura, bem como para as frutíferas (gera frutos bonitos, mais pobres, com pouco sabor, aguado). 

Resumindo, para plantas medicinais, adubo orgânico e se quiser ter pouca dor de cabeça, adubação orgânica.


Para complementar os meus comentários, colei parte do texto muito interessante sobre adubos, e você pode ler matéria completa no link a seguir:

http://jardinet.blogspot.com.br/2013/09/adubacao-adubo-organico-e-adubo-quimico.html


Adubo orgânico

    O adubo orgânico (húmus) pode ser obtido por meio de matéria de origem vegetal ou animal decompostos ou ainda em estágio de decomposição.

Esterco bovino - Dentre os vários benefícios do adubo bovino temos; Melhora significativa da estrutura do solo, melhora de crescimento de raízes, contribuição para o aumento de pH em solos ácidos e aumento de microrganismos benéficos no solo. O esterco deve estar bem curtido para não queimar as raízes das plantas. Para curti-lo basta amontoá-lo em camadas de 20 a 30 cm de altura, molhar e revirar a cada 2 ou 3 dias, mantendo sempre a umidade. O esterco estará curtido e pronto para uso em cerca de duas semanas. Esse adubo estimula a floração.
Esterco de galinha - Indicado para nutrição de espécies floríferas e frutíferas. É bastante concentrado se comparado a outros adubos orgânicos e deve ser usado com cuidado. Aplique apenas 1/3 da quantidade indicada para o adubo bovino.

Farinha de casca de ovos - É rica em cálcio, magnésio e potássio que são nutrientes essenciais às nossas plantas. Mas atenção à plantas como a Azaléia que preferem solos "levemente ácidos" pois a farinha de osso faz o solo ficar mais alcalino. Vegetais folhosos como a Couve vão muito bem com este tipo de adubo. Você mesmo pode preparar sua farinha, para isso junte algumas cascas de ovos e deixe secar bem à sombra, depois é só triturá-las no liquidificador e utilizá-las no jardim "às colheradas", de acordo com a necessidade de cada planta.


Farinha de ossos - É um forte estimulante da floração, frutificação e não queima as raízes das plantas. É contraindicado nos gramados, marantas, palmeiras e etc. Sua alta concentração de fósforo incentiva a floração que não é interessante nessas espécies.

Húmus: Substância escura que resulta da decomposição parcial de restos vegetais e animais. Uma boa mistura de humo, normalmente aumenta a qualidade do solo e aumenta a quantidade de colheita. Já o acúmulo de humo no solo afeta a estrutura deste e a sua capacidade de reter umidade e de fornecer alimento.

Húmus de minhoca: Resultado da decomposição de matéria orgânica digerida pelas minhocas. É um adubo orgânico natural e pode ser aplicado imediatamente no solo. Esse composto é rico em nutrientes que enriquecem e dão porosidade ao solo. Sua aparência lembra o pó de café.

     A quantidade de adubo à ser utilizada vai depender da necessidade de cada espécie, sendo assim, é importante você se inteirar dessas necessidades para não errar na dose e correr o risco de perder o exemplar.

Compostagem

    Técnica utilizada para obter um composto orgânico mais estável e rico em húmus e nutriente minerais num menor espaço de tempo. Na compostagem, além dos benefícios já citados acima ainda realizamos a reciclagem do lixo e contribuímos na preservação da natureza.
Adubo químico
 
     O adubo químico tem resultado mais rápido e é absorvido com maior facilidade pelas plantas, porém é o menos indicado, pois seu uso indiscriminado pode causar mudanças na composição química do solo e à longo prazo trazer danos ao ecossistema. 

     Nos adubos químicos vamos encontrar a sigla NPK seguida de três números. As três letras indicam os elementos que compõem o adubo e os números respectivamente a porcentagem de cada elemento na fórmula.

    O "N" é o Nitrogênio, ele estimula o crescimento dos brotos e das folhas. O Nitrogênio de origem orgânica é encontrado no esterco bovino, de galinha e também no húmus de minhoca. O "P" é o Fósforo, ele favorece a floração e a frutificação. O Fósforo de origem orgânica é encontrado na farinha de ossos. E por último o "K" Potássio, ele fortalece os tecidos vegetais tornando as plantas mais resistentes a pragas. O Potássio de origem orgânica é encontrado nas cinzas de madeira e no esterco bovino.
    Existem várias formulações de NPK disponíveis no mercado. Isso porque as espécie têm necessidades específicas em cada etapa de seu desenvolvimento. Dentre as formulações mais utilizadas temos:
  • NPK 04-14-08 - Utilizado em árvores frutíferas ou espécies floríferas.
  • NPK 10-10-10 - Utilizado em folhagens, gramas e todas as outras plantas que não tem flores ou frutos.
  • NPK 25-25-25 - Utilizado no cultivo de plantas hidropônicas.
     O adubo deve ser depositado afastado das raízes e caule das planta. Uma proporção bastante utilizada é de 2 colheres de sopa para cada 10 quilos de terra. 

DICAS:
  • Utilize sempre que possível a adubação orgânica
  • A adubação quando feita corretamente  favorece o pleno desenvolvimento das plantas e não agride a natureza
  • Procure sempre se informar das necessidades de cada espécie antes de adubá-la
  • Em caso de dúvidas em relação à quantidade de adubo, diminua para 1/3 da quantidade indicada

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